V DOMINGO DE QUARESMA – JOÃO 12,20-33
- A glória é o amor: “Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado” (v.23). A glória é o momento em que se revela uma realidade na sua máxima expressão. Pois bem, a morte e ressurreição de Jesus Cristo, é a máxima revelação de Deus Amor que se entrega (morte) e que vence o poder da morte e o pecado (a ressurreição). Se revela a maior verdade do que Deus é: “Pai, glorifica o teu nome!”… “Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo” (v.28).
- A fecundidade é a doação: “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto” (v.24). Jesus Cristo é o Deus “por nós”, a sua vida é entrega, doação, cujo ápice é a morte na cruz. E é da cruz que brota a vida do mundo. E o fruto é a nossa salvação, por isso Ele “tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem” (Hb 5,9). Ele nos salva do desamor, da ausência do amor no coração. Ele nos torna amados pelo Amor para sermos capazes de amar.
- Seguir a Jesus Cristo é servi-lo: “Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo” (v.26). Ser cristão é ser dom para os outros, pois só uma vida que faz mais bela a vida dos outros se torna fecunda. E esta fecundidade faz com que façamos presente o mesmo Deus, porque onde se ama Ele está presente. Todo ato de amor é sempre um sacramento do Deus Amor.
Muitos hoje, como os gregos do Evangelho (v.20) querem ver a Jesus. Estamos dispostos a sermos um sinal, uma presença significativa e histórica do rosto de Jesus Cristo que muitos poderiam conhecer através de nós? E o amor entregue é o maior sinal. Toda vez que amamos a glória de Deus se evidencia no mundo.