CRISTO É A NOSSA SALVAÇÃO

Padre Juan Diego comentando o Evangelho

IV DOMINGO DE QUARESMA – JOÃO 3,13-17

  1. Cristo é a nossa salvação: “Deus nos deu a vida em Cristo” (Ef 2, 5), “Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem” (Jo 3,13). Um homem não poderia salvar outro homem; uma ideologia não poderia nos libertar; a ciência com toda a sua grandeza não pode saciar a sede profunda do nosso coração. Aliás, nem sequer nós mesmos com todas as possibilidades que temos e potencialidades poderíamos responder à profundeza do nosso ser que clama por a eternidade, pela superação de a nossa finitude ontológica: “E isso não vem de vós; é dom de Deus!” Não vem das obras para que ninguém se orgulhe” (Ef 2,9). Só Aquele que conhece o coração do homem, porque é a fonte de sua vida, o pode salvar. Em Jesus Cristo contemplamos a vitória do amor sobre toda realidade que contradiz o projeto do Deus para nós. Nós estamos no mais profundo do coração de Deus graças a Aquele que se fez um de nós e subiu ao céu. “Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus em virtude de nossa união com Cristo Jesus” (Ef 2,6)
  2. Contemplar no crucificado o amor entregue: “é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna” (v.14b-15). O que nos salva é o amor, e o amor é Jesus Cristo que se entregou por nós para nos libertar do desamor. Onde não existe o amor, existe a morte. Na cruz o amor está crucificado, mas não vencido. Aliás, a máxima potência do amor é a sua entrega.
  3. O amor que gera vida: “Pois Deus tanto amou o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha vida eterna” (v.16). Só acolhendo o amor que se nos oferece desde a cruz poderemos ter a vida eterna, ou seja, aquela cujo amor é eterno. Si a rejeição do amor frustra a nossa existência, de fato, “quem não crê já está condenado”, a oferta do amor nos levanta e restabelece, assim, “quem nele crê não é condenado” (cfr. v.18). A nossa vocação não é a frustração da existência; a nossa vocação é a realização no amor: “De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele” (v.17). Neste itinerário da quaresma fitando o nosso olhar em Cristo deixemos que o poder transformador do seu amor ponha em evidencia o que de verdade há no nosso coração: mal ou verdade: “quem pratica o mal odeia a luz… Mas quem age conforme á verdade aproxima-se da luz” (Cfr. v. 20.21). E se existe o mal, nos deixemos atingir pelo amor de Cristo que nos transforma e, se existe a verdade, é para expandi-la e fazê-la conhecer. O juízo consiste em pôr em evidencia o nosso coração para nos oferecer sempre a salvação que vem de Deus, e que, não obstante a misericórdia, respeita a nossa liberdade de acolhê-la ou rejeitá-la.
JUAN DIEGO ARISTIZÁBAL, PSS Sacerdote da Companhia dos Padres de São Sulpício (Sulpicianos). Bacharel em Filosofia e Teólogo pela Universidade Pontifícia Bolivariana, Medellín. Mestre em Teologia Dogmática com ênfase em Antropologia teológica pela Universidade Pontifícia Gregoriana. Doutorando em teologia dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma

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