“DA FECHADURA DA VIDA PARA A ABERTURA DO CORAÇÃO”.

Padre Juan Diego comentando o Evangelho

XXIII DOMINGO COMUM – Marcos 7,31-37

O Evangelho de hoje o podemos sintetizar assim: “Da total fechadura da vida para a total abertura do coração”.

1. Total isolamento (situação inicial): “Um homem surdo, que falava com dificuldade” (v.32). Toda capacidade comunicativa está ausente neste homem, vive numa situação de total indiferença (porque não pode ouvir a palavra que sai dos outros) e de impotência (porque não pode expressar com claridade as suas ideias e pensamentos). Sem comunicação não há vida.

2. Gestos de amor que abrem o que está fechado (ação de Jesus Cristo): “Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele… e disse: “Efatá!”, que quer dizer: Abre-te!” (v.34). Jesus individualiza o homem afastando-o da multidão e, criando um espaço de intimidade, entra em contato com ele. O leva do escutar ao falar (é preciso saber ouvir para poder comunicar-se). Jesus lhe comunica algo de si mesmo (saliva), fazendo com que a palavra do homem seja significativa e não vazia. O “Efatá” se diz em primeira pessoa porque é necessário que a pessoa se abra, de nada serve ter um bom ouvido e uma boa língua se o coração está fechado. Ir além da cura física, ir para a interioridade aberta para acolher a Palavra da vida.

3. Do total isolamento à total abertura (situação nova): “Seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade” (v.35). A experiência de encontro com Jesus e de contato com a sua pessoa cria uma situação de total abertura (um coração que sabe escutar). Da escuta de Jesus que nos liberta do isolamento ao anúncio gozoso da experiência do Amor que temos conhecido.

Façamos a nossa experiência de encontro com Jesus para que Ele nos liberte do nosso isolamento e indiferença, da nossa surdez. Que com Ele aprendamos a ouvir para poder falar, assim as nossas palavras estarão carregadas de vida e sentido como as de Jesus.

JUAN DIEGO ARISTIZÁBAL, PSS Sacerdote da Companhia dos Padres de São Sulpício (Sulpicianos). Bacharel em Filosofia e Teólogo pela Universidade Pontifícia Bolivariana, Medellín. Mestre em Teologia Dogmática com ênfase em Antropologia teológica pela Universidade Pontifícia Gregoriana. Doutorando em teologia dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma.

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