IV DOMINGO DO ADVENTO – LUCAS 1,26-38
A Palavra de hoje nos convida a enxergar a “Cheia de graça” (Lc 1,28). A graça é o mesmo Deus. A existência de Maria esteve desde o primeiro momento abarcada e rodeada pela graça.
O que nos ensina Maria neste tempo de preparação para o Natal?
1. A verdadeira alegria – “Alegra-te, o Senhor está contigo” (v.28): externamente este tempo se caracteriza pelas luzes, pelo barulho, pelos presentes… Mas, existe alegria no coração de quem vive todas estas realidades externas? Com Maria descobrimos que a fonte da alegria é a convicção de saber-nos amados por Deus. A alegria nos vem de “Jesus” (v.31), do “Filho do Altíssimo” (v.32), daquele cujo “reino não terá fim” (v.33), do “Santo, Filho de Deus” (v.35).
2. A verdadeira fecundidade – “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra” (v.35): Deus fez possível a maternidade de uma Virgem, Maria (v.27) e de uma anciã, Isabel (v.36). Assim, a vida do crente que se dispõe para Deus se faz fecunda, mas quando a vida se fecha ao amor se torna infecunda. Neste tempo de bons e belos propósitos é preciso saber que a fonte de uma autêntica fecundidade é viver no amor e a partir do amor.
3. A verdadeira fé – “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (v.38): Deus não se impõe, espera a resposta humana à sua proposta de salvação. Maria com seu “sim” livre contribui à realização do projeto de Deus. Ela se coloca ao serviço de Deus. A fé se evidencia no nosso “sim” quotidiano a fim de contribuir ao projeto de Deus na história. Cada “sim” humano ao Amor, como o de Maria, faz possível que o mistério do Amor se encarne na história.