A SANTIDADE É A VOCAÇÃO DE TODOS OS CRISTÃOS.

Padre Juan Diego comentando o Evangelho
SOLENIDADE TODOS OS SANTOS – Mateus 5, 1-12a

     Hoje a Igreja nos convida a celebrar “os méritos de todos os santos” (Oração do dia). Proponho três elementos para a reflexão pessoal:

   1. A santidade é a vocação de todos os cristãos. A santidade não é só de uns poucos, ou de algumas pessoas extraordinárias. É de todos nós que temos conhecido o amor de Deus. “Eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel”, conforme Ap7,4. (144.000 = 12x12x1000 = totalidade). Deus, o Santo, é a fonte da santidade: “Amém. O louvor, a glória e a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém” (Ap7, 12).

   2. A santidade não é fazer coisas extraordinárias ou milagres, senão viver sob o influxo do Amor. Cumprir as nossas tarefas mais simples e as nossas obrigações inspirados sempre pelo Amor, será um bom caminho para viver a nossa vocação à santidade.

   3. Os santos canonizados foram homens e mulheres que se deixaram atingir pelo Amor. Foram na história um sinal vivo e eficaz do amor de Deus. Assim, se eles “puderam”, também nos podemos. Muitos deles não ficaram indiferentes diante de situações que contradiziam o projeto do amor de Deus e souberam ser um sinal vivo concreto do Amor. Muitos deles até deram a própria vida: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro” (Ap7, 14).

   O texto de hoje nos diz: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino de Deus” (v.3). Ou seja, aqueles que sabem que a sua única riqueza é Deus; aqueles cujo coração está de tal modo aberto que se deixaram atingir por Ele; aqueles que sabem que só o Amor pode encher os seus anseios mais profundos; aqueles que radicam a sua vida em Deus; Está aí, eu diria, o princípio da santidade. Só pode ser testemunha de Deus no mundo, aquele que tem conhecido o Amor, e só pode conhecer o Amor quem se sabe necessitado dele como a única riqueza e está sempre aberto à graça. Assim, nenhuma situação, por difícil que seja, pode arrancar a atitude serena dos “pobres em espírito”.

   Não sem razão se fala neste Evangelho de “bem-aventurados”, de “alegrai-vos e exultai”, pois a maior alegria é sermos amados pelo Amor e sermos sinais dele. “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados Filhos de Deus!” (1 João 3,1).

JUAN DIEGO ARISTIZÁBAL, PSS Sacerdote da Companhia dos Padres de São Sulpício (Sulpicianos). Bacharel em Filosofia e Teólogo pela Universidade Pontifícia Bolivariana, Medellín. Mestre em Teologia Dogmática com ênfase em Antropologia teológica pela Universidade Pontifícia Gregoriana. Doutorando em teologia dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma.

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