NOSSAS MÃOS À SERVIÇO DA SOLIDARIEDADE!

Por onde perpassa a solidariedade? No desejo de refletir esta questão é que vamos conversar sobre a mensagem de Deuteronômio, conectando outras passagens bíblicas que também nos ajudam a encontrar possíveis respostas.

O livro de Deuteronômio, que faz parte do Pentateuco, continua retomando a saída do povo do Egito, onde vivia oprimido pelo regime do Faraó. Opressão que negava a dignidade da vida.

Precisamente dos capítulos 12, 1–26, 19 teremos reflexões sobre as leis; “Eis as leis e costumes que cuidareis de pôr em prática, na terra que o Senhor, o Deus de teus pais, te deu como posse, para todos os dias de tua vida sobre o solo” (Dt 12,1). “E porque não cessará de haver pobres no meio da terra, eu te dou este mandamento: abrirás tua mão largamente para teu irmão, para o indigente e para teu pobre na tua terra” (Dt 15,11).

O texto acima é claro ao afirmar que o fato de todos terem acesso à terra, por si só não garante que se resolva a questão dos necessitados no meio da comunidade. Os necessitados são resultados das injustiças. Por isso, a busca é por justiça e pela conscientização de que é preciso ter um olhar sensível e cultivar o gesto da partilha.

Para construir relações de solidariedade entre o povo, Dt 10,16, dá uma indicação importante: “Circundareis, portanto, o vosso coração, não endurecereis vossa cerviz”. Temos aqui uma chamada de atenção no que realmente importa ser feito para que aconteça a vivência solidária. Não é a prática sincera dos ritos da lei que faz com que a justiça aconteça, mas sobretudo a adesão interior onde acontece a transformação.

Deuteronômio nos provoca a uma atitude de posição à serviço da vida, não se trata de ser assistencialista, mas de um comprometimento com o outro, com a fraternidade, com a aliança com Deus, para que neste mundo tenhamos a garantia de uma vida em abundância com os benefícios que a terra proporciona para todos.

Como ler Deuteronômio nos dias atuais, a luz da realidade da crescente desigualdade, dos ataques à natureza…? A serviço de quem e do que estão as Leis nos nossos dias? É bom lembrar que o livro foi escrito em outro tempo , em um estado social, econômico , religioso e cultural diferente do nosso contexto. Mas como a Palavra de Deus é sempre uma luz para nossos passos é possível colher indicativos do que precisamos fazer para estar à serviço da vida.

Os textos aqui citados nos chamam atenção para enxergarmos o nosso próximo, de modo especial o necessitado de nossa caridade e, não é apenas o ser humano mais frágil que precisa do nosso amor , mas é toda criação, que exige sensibilidade, que brota do nosso interior, e nos converte e nos mobiliza diante da defesa da vida. A prática externa não é nada se não for uma decisão que brote do nosso coração.

Em tempos de Pandemia ficaram mais audíveis os gritos silenciados de uma política não comprometida com as vidas que temos no nosso Planeta e quanto é difícil estender a mão para as necessidades que nos deparamos no dia-a-dia. Por isso, fica sempre a pergunta: O que este texto me faz dizer a Deus diante de tantos apelos que me cercam? Como viver as palavras de Deuteronômio de forma mais coerente? Como ser solidário hoje?

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