O FILHO PERDIDO VOLTA À CASA DO PAI E É ACOLHIDO, A PARTIR DE LUCAS 15,11-31

Lucas em seu Evangelho nos coloca dentro de uma dinâmica que faz parte da vida de qualquer ser humano. Esta dinâmica encontra seu sentido na experiência da vida e no decorrer do tempo. O texto de Lucas nos leva a refletir que na vida há vários momentos e tudo o que vivenciamos é fruto de nossas escolhas.

O texto de Lucas 15,11-31, o qual é a proposta de nossa reflexão, apresenta dois momentos vivenciados  pelo pai e pelo filho. Neste texto temos presente a experiência da partida, do deixar para traz aquilo que é seguro: moradia, alimentação, bem – estar, sobretudo a convivência familiar, e, por outro lado, a experiência da acolhida que se dá mediante o retorno. Mas este retorno não é mediato e nem é tão simples, ele é feito com discernimento e requer um grande exame de consciência e arrependimento.

Costumamos chamar o filho mais novo de “o filho perdido” devido a sua atitude, tanto em pedir os bens que lhe cabe, como também pela sua postura no mundo e pela forma que administra sua herança.

A atitude do pai antes e depois é muito chamativa. A primeira, por demonstrar o respeito pela escolha do filho que decide partir, e a segunda, pela forma que acolhe o filho que volta a casa. Esta acolhida é muito marcante, ela não se dá primeiramente dentro de casa, mas pela metade do caminho. Assim, o texto nos mostra que a principal acolhida é a do ir ao encontro, e ela não se dá de um jeito qualquer, mas cheio de compaixão. Foi dessa forma que se deu a acolhida do filho: com compaixão, beijo e ternura, próprio do olhar sensível que ainda a distância percebeu a necessidade do filho.

Sendo assim, à volta para a casa só foi possível porque houve o exame de consciência, o arrependimento, a compaixão, o beijo e a ternura. A acolhida não se dá no fim da caminhada, mas no seu percurso. Nestes gestos percebemos que esta forma de acolhida é que permite fazer com que aconteça dentro de casa uma verdadeira celebração.

A volta de um filho provoca a perca do outro, pois se nega a receber o irmão; mas a sabedoria e o amor do pai em saber acolher a necessidade de cada um é capaz de ganhar os dois filhos. O pai mostra ao irmão mais velho com suas palavras que o gesto de compaixão é essencial para o sentido da vida.

À luz deste texto queremos propor uma reflexão e que esta proporcione um gesto concreto: muitos estão ociosos por terem que ficar em casa, e acabam saindo sem necessidade, colocando sua vida e de outros em risco. Sair às ruas para satisfazer suas próprias vontades é uma ação egoísta porque não está se preocupando com a vida do outro.

Levar a sério a orientação do isolamento social é demonstração da capacidade de saber discernir a realidade do momento, e ao mesmo tempo, é um gesto de compaixão que podemos ter com o outro a fim de proteger sua vida.

Neste tempo de Pandemia aproveite o tempo para recordar os momentos que estava distante de sua família e que  o corre-corre do dia, o impedia de dar atenção. Faça  desta ocasião uma oportunidade para festejar a  convivência com sua família, marcando este momento com ternura.

Enfim, já ouvimos falar que a vida é uma escola. Este texto de Lucas que refletimos veio contribuir para que possamos olhar para a dinâmica que é a vida, e com ela podemos aprender através das experiências que surgem no decorrer da nossa história. Este Evangelho nos inspirou a olhar para nossas ações, e, saber encontrar nestes momentos vivenciados, motivos para fazer uma celebração às nossas vidas.

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