XXVIII DOMINGO COMUM – MATEUS 22,1-14
Se há salvação, há festa. Se há festa, há banquete.
O banquete é o sinal da presença salvífica de Deus: “O senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete… O senhor Deus eliminará para sempre a morte…” (cf. Is 25, 6-ss). A oferta do Senhor é a salvação, oferta que não muda apesar da resposta humana. Ele como Bom Pastor “nos encaminha para as águas repousantes e restaura as nossas forças” (Cfr. Sl 22).
Se há resposta humana, há vida. Se há vida, há celebração
A oferta salvífica de Deus precisa ser acolhida no coração do homem. Deus quer a nossa salvação, mas respeita a nossa liberdade. Deus insiste: “já preparei o banquete” (v.4), mas o homem nem sempre responde, distraído no efêmero e desconsiderando o essencial e permanente (até fazendo do efêmero o permanente): “Os convidados não deram maior atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios…” (v. 5-6). De fato, a salvação é uma realidade, mas a acolhida é livre: “A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela” (v.8).
Se há aceitação do convite então há vida nova
A rejeição humana, não determina a oferta salvífica. De fato, a resposta não vem dada de maneira artificial ou formal ou oficial. Não basta só pertencer ao povo da salvação, não basta ser simplesmente correto. Muitos tidos como pagãos e pecadores no tempo de Jesus acolheram melhor a sua salvação do que aqueles que estavam na lista dos puros e sábios, de fato os empregados “reuniram todos os que encontravam, maus e bons” (v.10). Mas a exigência é sempre maior: “amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?” (v.12). Não basta tão somente ir à festa, é preciso uma atitude nova, totalmente interior. A experiência da fé só é possível por uma adesão do coração do homem ao coração do Senhor que nos salva. Não posso desfrutar de uma festa se não existe um motivo para celebrar. Alguns na festa só vão para encher a barriga, mas só celebram de verdade aqueles que encheram a totalidade da sua vida com a abundância da salvação.Oferta salvífica, resposta humana livre, adesão consciente.