A bondade de Deus não é retribuição, mas dom, graça transbordante.

Padre Juan Diego comentando o Evangelho
XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM – MATEUS 20,1-16

A bondade de Deus não é retribuição, mas dom, graça transbordante. Em Jesus Deus vem ao nosso encontro (v.1.3.5.6). A Bondade de Deus concretiza-se em Jesus que se aproxima daqueles que oficialmente não tem direito à “recompensa” alguma de Deus. Jesus nos ensina uma nova relação com Deus, não a partir da lógica do cálculo, mas sim da bondade. Todos podem confiar em Deus, mesmo que não tenham “méritos”.

1. Deus sai ao nosso encontro. Convida os “primeiros” (v.2) e se aproxima dos “últimos” (v.7-8). E a todos oferece o seu amor, a sua graça (v.8). “Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti” (v.14).

2. O amor e a bondade de Deus não são direitamente proporcionais ao nosso esforço: “Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro” (v.15).  Deus ama livremente, do contrário não seria amor, mas pagamento, recompensa: “Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence?” (v.15).  Mas, a resposta humana é sempre necessária. De fato, tanto os primeiros (v.2) como os últimos (v.8) responderam ao pedido do patrão. Porém, uma realidade é a resposta humana e outra a bondade de Deus. Deus não é bondoso por causa da nossa resposta.

3. A nossa relação com Deus não pode ser um “boleto de cobrança” (“eu fiz isto, eu fiz aquilo” e por isso mereço – “do ut des”, “dou para que dês”). “Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata” (v.10).  

O importante não é em que momento de minha vida e história fui encontrado por este amor, mas saber que esse amor se oferece sempre a todos; que nem todos o conhecem na mesma hora, e que a hora em que o conheço é a hora da minha resposta.

Em síntese, somos convidados a viver a nossa relação com Deus como resposta agradecida ao seu amor, e não como condição para reclamar o amor de Deus como um direito adquirido e, menos ainda, sentir inveja do amor de Deus, mesmo para aqueles que ao nosso olhar não merecem (cfr. v. 11).

JUAN DIEGO ARISTIZÁBAL, PSS Sacerdote da Companhia dos Padres de São Sulpício (Sulpicianos). Bacharel em Filosofia e Teólogo pela Universidade Pontifícia Bolivariana, Medellín. Mestre em Teologia Dogmática com ênfase em Antropologia teológica pela Universidade Pontifícia Gregoriana. Doutorando em teologia dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma.

Contribua com a Domus A.S.F e ajude uma família:

Depósito no Banco do Brasil

Agência: 0339-5

CC: 49086-5

Beneficiário: Associação Apóstolas da Sagrada Família

Abrir bate-papo
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?