XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM – MATEUS 20,1-16
A bondade de Deus não é retribuição, mas dom, graça transbordante. Em Jesus Deus vem ao nosso encontro (v.1.3.5.6). A Bondade de Deus concretiza-se em Jesus que se aproxima daqueles que oficialmente não tem direito à “recompensa” alguma de Deus. Jesus nos ensina uma nova relação com Deus, não a partir da lógica do cálculo, mas sim da bondade. Todos podem confiar em Deus, mesmo que não tenham “méritos”.
1. Deus sai ao nosso encontro. Convida os “primeiros” (v.2) e se aproxima dos “últimos” (v.7-8). E a todos oferece o seu amor, a sua graça (v.8). “Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti” (v.14).
2. O amor e a bondade de Deus não são direitamente proporcionais ao nosso esforço: “Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro” (v.15). Deus ama livremente, do contrário não seria amor, mas pagamento, recompensa: “Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence?” (v.15). Mas, a resposta humana é sempre necessária. De fato, tanto os primeiros (v.2) como os últimos (v.8) responderam ao pedido do patrão. Porém, uma realidade é a resposta humana e outra a bondade de Deus. Deus não é bondoso por causa da nossa resposta.
3. A nossa relação com Deus não pode ser um “boleto de cobrança” (“eu fiz isto, eu fiz aquilo” e por isso mereço – “do ut des”, “dou para que dês”). “Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata” (v.10).
O importante não é em que momento de minha vida e história fui encontrado por este amor, mas saber que esse amor se oferece sempre a todos; que nem todos o conhecem na mesma hora, e que a hora em que o conheço é a hora da minha resposta.
Em síntese, somos convidados a viver a nossa relação com Deus como resposta agradecida ao seu amor, e não como condição para reclamar o amor de Deus como um direito adquirido e, menos ainda, sentir inveja do amor de Deus, mesmo para aqueles que ao nosso olhar não merecem (cfr. v. 11).