O sim a serviço da vida

A nossa reflexão desta semana é a partir de Ester 7,1-4. No texto, vamos perceber como as nossas escolhas podem transformar a vida. Neste sentido, esta reflexão provoca nossa vocação (chamado) diante das situações de dominação que renegam o direito à vida.

O rei e Haman vieram festejar com a rainha. Neste segundo dia, ao fim do festim, o rei disse a Ester: “Que há, rainha Ester? Qual é teu desejo? Qual é o teu pedido? Seja para ti até a metade do meu reino”. Em resposta, ela declarou: “Se conquistei o favor do rei, que me sejam concedidas a minha própria vida – este é o meu desejo – e a vida do meu povo – este é o meu pedido. De fato, fomos vendidos, eu e meu povo, para o extermínio, apilhagem, a escravidão, nós e nossos filhos, para nos tornamos criados e criadas; mas me tinha feito de surda, porque semelhante caluniador não é digno da Corte real” (Est 7,1-4).

Como podemos ver, está acontecendo uma festa, trata-se de um banquete organizado por Ester (Cf. 5,1-4). É neste ambiente festivo que Ester se torna uma agente de transformação da realidade de morte que tem enfrentado junto com o seu povo.

No texto que estamos refletindo (7,1-4) percebemos que já é o segundo dia de festa e que já se aproxima do fim. Novamente o rei, oferecendo até a metade do seu reino, pergunta a rainha: Que queres que eu te faça?  É neste momento que acontece a transformação na história, não apenas de Ester, mas de todo o povo: “… que me sejam concedidas a minha própria vida – este é o meu desejo – e a vida do meu povo – este é o meu pedido” (7,3).

Na atitude de Ester encontramos a grandiosidade do seu sim a serviço da vida. A oferta era pequena perto do seu chamado, pois, o reino oferecido é avesso ao Reino da Vida. Sua vocação tem sentido na libertação de seu povo, onde está sua felicidade.

Com este relato bíblico queremos refletir a realidade da nossa história que muitas vezes não é diferente da história de Ester. A realidade da Covid-19 expõe mais ainda a realidade de divisão entre aqueles que “assumiram” o compromisso com a vida da população brasileira. Uns saíram em defesa da vida procurando manter medidas de precaução para evitar mais infecções, e outros, ignorarão a existência do vírus preferindo manter a narrativa da economia e submetendo o povo a uma certa escravidão.

Por outro lado, ainda temos na história da Igreja algumas vozes proféticas que ousam se pronunciar para defender a vida do povo. Neste mês de agosto em que a Igreja dedica as vocações, a postura de Ester nos leva a refletir em que consiste realmente o sentido da nossa vocação, dádiva de Deus.

É na experiência que somos desafiados a fazer a opção pelo Projeto de Deus. E qual é o Projeto que Deus nos confia a realizar? A resposta hoje está no texto bíblico que estamos refletindo: sermos defensores da vida. Para Ester não era importante o reino, mas sim a libertação da vida. Não se satisfazia com poder, mas com a vida libertada. O seu sim não era apenas para si, mas um compromisso com o povo.  Finalizamos este texto com as seguintes perguntas: Qual é o meu desejo? Qual é meu pedido? Como está o meu sim no compromisso com Projeto de Deus? Como vejo a vida? Como me entendo ser uma pessoa vocacionada a serviço da vida?

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